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Desdicionário da Língua Portuguesa – Luís Leal Miranda

27 

120 × 170 mm
208 pages

Limited edition of 100, numbered and signed by the author.
Illustrations by José Cardoso. Special edition with an A3 risograph print (teal and fluo pink).

ISBN 978-989-8855-89-3
Stolen Books // Published April 2018

 

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franfolho
s. m. | Uma coisa sem nome, de forma indistinta, que só conseguimos identificar ao apontar e dizer: «É aquilo ali». A palavra «franfolho» surgiu pela primeira vez num dicionário em 1977. Não consta nas edições de anos anteriores nem no léxico de nenhum país de expressão portuguesa.

Vários estudiosos acreditam que «franfolho» surgiu de uma aposta entre lexicógrafos e há quem defenda a existência de um prémio para a primeira pessoa a detetar o intruso. Existe ainda a teoria de que o termo tenha sido incluído no dicionário depois de uma amarga derrota no Scrabble («franfolho» vale 21 pontos). A tese mais comum, no entanto, é a de que o novo vocábulo entrou no dicionário para apanhar as editoras que o andavam a copiar.

«Franfolho» não é a primeira palavra inventada na língua portuguesa porque todas as palavras antes dela também foram inventadas. E não é o primeiro erro do dicionário porque já lá estava a palavra “erro”.

O Desdicionário da Língua Portuguesa pretende servir de estufa para palavras sem raiz etimológica, orfanato para nomes de ascendência desconhecida ou mapa para a Atlântida dos significados. Inclui «franfolho» e outras 218 novas palavras novas que se não fossem inventadas tinham de existir.