(taken from termita.pt)
[PT] “Nas Fake Memoirs de Pedro Magalhães não estamos perante uma (auto)fotobiografia falsa, uma descrição não factual ou mesmo de uma narrativa que obedeça a qualquer linearidade. O livro é composto por três volumes que, através de um exercício de montagem horizontal, criam correspondências entre as imagens neles dispostas.[…] São variações que se assemelham a um zapping radiofónico, em que as imagens aparecem temporariamente para ficcionar uma condição pré-existente, um fragmento de memória que nelas subsiste, sem um tempo e muitas vezes um espaço identificável […] São sobretudo fracções factuais de qualquer coisa que se perdeu no contínuo fluído da vida. São provas de vida que se sobrepõem à erosão da própria memória constituída em imagem. São a formalização dessa erosão.” (Susana Lourenço Marques)
[EN] “In Pedro Magalhães’ Fake Memoirs, we are not facing a false (auto)photobiography, a non-factual description, or even a narrative that adheres to any linearity. The book consists of three volumes that, through a horizontal montage exercise, create correspondences between the images arranged within them. […] These are variations that resemble radio zapping, where the images temporarily appear to fictionalize a pre-existing condition, a fragment of memory that lingers within them, without a clearly identifiable time or space. […] They are primarily factual fractions of something lost in the continuous flow of life. They are proofs of life that overlay the erosion of memory itself formed in an image. They are the formalization of that erosion.” (Susana Lourenço Marques)
