#7Untitled • Dança de Materiais Inertes – Marta Cerqueira e Simão Costa

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  • 172 mm x 245 mm
  • 8 booklets
  • 2024
  • ISBN 978-989-33-6223-5
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Dança de Materiais Inertes é uma série de instalações e espetáculos da autoria da coreógrafa e bailarina Marta Cerqueira e do pianista e compositor Simão Costa.

Cada peça explora e investiga as dimensões em que o Som se transforma em Movimento e o Movimento se transforma em Som, propondo um olhar coreográfico, cinético e musical sobre coisas inertes. 

Este enunciado genérico e aparentemente abstrato tem conduzido estes trabalhos de criação artística transdisciplinar a uma postura de contemplação, procurando inspiração nas coisas que os seres humanos tendencialmente consideram “inertes”, com especial atenção a aspetos geológicos e potencial biótico das plantas.

O movimento geológico ao longo de milhões de anos obedece a uma coreografia. As pedras são os bailarinos, quem será o coreógrafo? O potencial de uma semente pode ser zero, mas quando germina parece ter uma coreografia bem codificada e planeada.

Esta explosão do olhar temporal para escalas temporalmente longas, como o lento crescimento das plantas, os movimentos geológicos ou astronómicos, permite vislumbrar movimento e vida nas coisas que à escala da vida de um ser humano parecem imóveis ou mortas.

Por outro, a espécie humana parece ter sido “promovida” a “força geológica” (antropoceno), de tal forma tem conseguido mobilizar energia, furar, minerar, transformar e mobilizar a sua envolvente terrestre e até extraterrestre. 

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Dance of Inert Materials is a series of installations and performances authored by choreographer and dancer Marta Cerqueira and pianist and composer Simão Costa. Each piece explores and investigates the dimensions in which Sound transforms into Movement and Movement transforms into Sound, proposing a choreographic, kinetic, and musical perspective on inert things. This generic and apparently abstract statement has led these works of transdisciplinary artistic creation to a contemplative posture, seeking inspiration in things that humans tend to consider “inert,” with special attention to geological aspects and the biotic potential of plants.

Geological movement over millions of years follows a choreography. The stones are the dancers, who is the choreographer? The potential of a seed may be zero, but when it germinates, it seems to have a well-coded and planned choreography.

This explosion of temporal perspective to temporally long scales, such as the slow growth of plants, geological or astronomical movements, allows glimpses of movement and life in things that, on the scale of a human life, seem immobile or dead. On the other hand, the human species seems to have been “promoted” to “geological force” (Anthropocene), so much so that it has been able to mobilize energy, drill, mine, transform, and mobilize its terrestrial and even extraterrestrial environment.